Eu já não sei dizer o que penso.
Se penso o que eu digo.
Tampouco, digo o que eu penso.
Nesses silêncios espero que ela entenda
tudo.
Das coisas que eu busco entender,
mas não entendo e eu apenas sinto.
Não sei se vou, se fico, se rompo ou continuo.
Estou aqui em compasso de espera.
Aflito espero um pouco mais.
Quer ir embora? Quero que você vá?
Desde que fique aqui.
Ao retornar ao trabalho docente por vezes nós professores nos deparamos com frases assim como da epígrafe, (poeminha que fiz por compaixão dessa aflição dos meus alunos). Eles estão na escola, na faculdade, num tempo de espera, por outra formação, por colocação profissional, por mudança e esperança de vida. Dentre outras coisas tentam romper com antigos afetos, velhos amores, nessa ânsia por viver o desconhecido. Isso é uma parte do desenvolvimento, rupturas, continuidades, permanências.
Vivemos hoje uma época que exalta a rapidez, o fluído, efêmero e urgente, em um paradoxo sufocamos a juventude com tais expectativas, mas dizemos que o seu tempo é o agora. Cada um tem o seu tempo.
O livro, "Era do Cansaço," de Byung-chul Han, salienta que há um excesso de cobrança por positividade, produtividade e felicidade, deixando as pessoas mais deprimidas, improdutivas sobre o que realmente importa e infelizes, talvez, por uma desvalorização do tempo do ócio, que ele descreve como tempo de contemplação, silêncio e eu acrescento melancolia.
Justamente o tempo de ócio, do ócio produtivo é o tempo da juventude e o espaço é a escola. Na juventude e na escola temos a liberdade de experimentar e recusar, imaginar, contemplar e negar. Isso precisa ser ensinado na escola. Que há escolhas sobre o que fazer e o que deixar de fazer, além daquilo que é necessário fazer diante das próprias escolhas, por isso é preciso a contemplação e a imaginação.
Por exemplo, a escolha profissional, será que o jovem, o estudante, acredita que executando tais tarefas terá êxito? Irá fazer bem, bem feito, terá reconhecimento social- financeiro, sobre aquilo que vai realizar?
Essas questões são importantes, elas vão além de divagações existências sobre o "quem sou eu?". Elas devem cumprir um vislumbre e contemplação sobre que vida eu desejo ter? Qual o meu papel social diante dos meus pares e do futuro da minha comunidade?
Na curta duração, devemos contemplar nosso dia, nele qual é a hora que mais esperamos? O nosso tempo?
Na média duração, por exemplo, ao adentrarmos um curso, uma faculdade, percorremos esse caminho pois queremos chegar em qual lugar ou posição social? Estudamos para quê? Juntamos dinheiro para quê?
Na longa duração, que tipo de velho, de pai, de avô, de marido eu quero ser? O que vou deixar para os meus amados como segurança, esperança e exemplo? Terei a sorte de planejar minha morte?
Temos que nos contemplar diante do tempo.
Como professores devemos nos atentar para isso. Qual vida nossos alunos estão construindo e em que momento de vida eles se encontram?
A escola como um espaço de ensaio e de ócio deve se ocupar dos planos e desenvolvimentos de cada um. Chega dessa ideia de escola massificadora e formadora para empresas, indústrias e nações que já estão obsoletas.
Ao mesmo tempo que chega de deixarmos nossos alunos, nós mesmos, os jovens, perdidos num imediatismo, de decisões tomadas ao sabor de acontecimentos alheios aos nossos planos e desejos. Devemos ensinar nossos alunos a pensar, planejar executar, desistir, recomeçar para serem donos do próprio tempo e da própria vida.
Vivemos hoje uma época que exalta a rapidez, o fluído, efêmero e urgente, em um paradoxo sufocamos a juventude com tais expectativas, mas dizemos que o seu tempo é o agora. Cada um tem o seu tempo.
O livro, "Era do Cansaço," de Byung-chul Han, salienta que há um excesso de cobrança por positividade, produtividade e felicidade, deixando as pessoas mais deprimidas, improdutivas sobre o que realmente importa e infelizes, talvez, por uma desvalorização do tempo do ócio, que ele descreve como tempo de contemplação, silêncio e eu acrescento melancolia.
Justamente o tempo de ócio, do ócio produtivo é o tempo da juventude e o espaço é a escola. Na juventude e na escola temos a liberdade de experimentar e recusar, imaginar, contemplar e negar. Isso precisa ser ensinado na escola. Que há escolhas sobre o que fazer e o que deixar de fazer, além daquilo que é necessário fazer diante das próprias escolhas, por isso é preciso a contemplação e a imaginação.
Por exemplo, a escolha profissional, será que o jovem, o estudante, acredita que executando tais tarefas terá êxito? Irá fazer bem, bem feito, terá reconhecimento social- financeiro, sobre aquilo que vai realizar?
Essas questões são importantes, elas vão além de divagações existências sobre o "quem sou eu?". Elas devem cumprir um vislumbre e contemplação sobre que vida eu desejo ter? Qual o meu papel social diante dos meus pares e do futuro da minha comunidade?
Na curta duração, devemos contemplar nosso dia, nele qual é a hora que mais esperamos? O nosso tempo?
Na média duração, por exemplo, ao adentrarmos um curso, uma faculdade, percorremos esse caminho pois queremos chegar em qual lugar ou posição social? Estudamos para quê? Juntamos dinheiro para quê?
Na longa duração, que tipo de velho, de pai, de avô, de marido eu quero ser? O que vou deixar para os meus amados como segurança, esperança e exemplo? Terei a sorte de planejar minha morte?
Temos que nos contemplar diante do tempo.
Como professores devemos nos atentar para isso. Qual vida nossos alunos estão construindo e em que momento de vida eles se encontram?
A escola como um espaço de ensaio e de ócio deve se ocupar dos planos e desenvolvimentos de cada um. Chega dessa ideia de escola massificadora e formadora para empresas, indústrias e nações que já estão obsoletas.
Ao mesmo tempo que chega de deixarmos nossos alunos, nós mesmos, os jovens, perdidos num imediatismo, de decisões tomadas ao sabor de acontecimentos alheios aos nossos planos e desejos. Devemos ensinar nossos alunos a pensar, planejar executar, desistir, recomeçar para serem donos do próprio tempo e da própria vida.