quinta-feira, 14 de março de 2019

Vídeo Game:Moral e Ética.


Nós nascemos sem regras, sem nada que vá delimitar a nossa vontade e desejo, ainda que na infância até os cinco anos nós criamos e aceitamos condições para sociabilidade, como esperar a vez, segurar o choro, segurar até as necessidades fisiológicas (se você faz cocô e xixi descontrolado isso te impede de brincar), é dos cinco anos em diante que as brincadeiras ficam mais complexas e nos interessamos mais em brincar com os outros, dentro de determinados regras e determinados jogos, por isso jogos são tão importantes.
A moral nos é embutida por regras com sanções e premiações na vida toda, bem como nos é imbuída pela idealização de um herói modular exemplar, em suma regras ensinam e exemplos arrastam.
Os jogos virtuais interferem na constituição moral das pessoas sim! Mas, muito mais de maneira positiva, pois nos ajuda com a cognição e aceitação das relações éticas e menos relacionados a psicoses. Os jogos são utilizados para educar e inclusive para educação escolar com sucesso.
Os jogadores de vídeo - game são concentrados e resilientes, pois eles têm que superar dificuldades, várias vezes, com diferentes estratégias, sentindo-se cansados, frustrados para depois ter a satisfação de dever cumprido, em total consonância com os valores da nossa sociedade.
Ainda que os personagens dos jogos são esteticamente feios, usem armas, isso faz parte do enredo e do marketing que responde a essa estética que tem aderência com os outros valores da sociedade. Os heróis ficcionais são modulares exemplares, mas eles estão em um âmbito fictício, que mais nos lembra da nossa impossibilidade de realizar, do que de ser e fazer como eles. A influência de personagens fictícios é bem menor do que a dos reais, em verdade é um escape da realidade. Por isso, culpar os jogos pela chacina de Suzano é  muito ligeiro.
A realidade expressa e reconfigurada nas redes sociais tem mais influência sobre os assassinos do que os jogos.  As redes sociais, os comentários abertos de jornal, os fóruns de discussão tem criado um clima de guerra, ou, um clima contrário a paz social mais facilmente relacionado com a chacina de Suzano do que os jogos. Sendo muito mais influente sobre as crianças e adultos as correntes  de teoria da conspiração das redes socais e dispositivos de comunicação em massa do que os jogos violentos, de terror, ou ainda filmes e músicas.
Certamente tais obras de arte para consumo (vídeos-games) são complexas e manipuladoras da emoção, quanto mais medo e maior o desafio, melhor o jogo, porém o jogo você desliga, reinicia, desinstala, mas o ódio propalado e as teorias de guerra de todos contra todos das redes socais não tem como você desligar e controlar.
Os assassinos da escola de Suzano se inspiraram em monstros reais propagados, defendidos, mistificados e idealizados pelas redes sociais. Muito mais próximos da nossa realidade do que os jogos de realidade virtual.

Rafael dos Santos Borges, professor de Ética, Metodologia, Sociedade e Tecnologia, mestre em sociologia da educação, doutor em educação: currículo, novas tecnologias.

Referências de Leitura:
PIAGET, Jean. O juízo moral na criança. São Paulo: Summus, 1994.
 ____________. O julgamento moral na criança. São Paulo: Mestre Jon, 1977.

quarta-feira, 13 de março de 2019

Analogia


A analogia é o raciocínio que se desenvolve a partir da semelhança entre casos particulares. Através dele não se chega a uma conclusão geral, mas só a outra proposição particular.
Além disso, assemelha-se à indução, mas considera somente um caso particular como ponto de partida. Na nossa vida prática, são comuns as ações por analogia:  
·       Se a minissaia fica bem numa atriz de TV, muitas espectadoras tendem a pensar que também ficaria bem nelas;
·       Se tal remédio fez bem para um amigo meu, logo deverá fazer bem a mim também;
·       Se fulana emagreceu com um tipo de regime da lua, logo cicrano também emagrecerá; e assim por diante.
Com a esperança nem sempre válida de obter os mesmos resultado a analogia serve para o raciocínio, mas não para todo o raciocínio formal e científico. Ele constituí em um elemento primordial, primeiros passos ao estabelecer relação entre o já sabido e o por saber.


Vamos fazer o seguinte exercício:

O Trem está para a Terra assim como o Navio está para:
O Livro está para Escritor assim como o Quadro está para:
 Alegria está para Tristeza assim como o Contínuo está para:
O Grafite está para o Lápis assim como a Água está para:
O Automóvel está para o Combustível assim como a Lâmpada esta para:
A Música está para o Ouvido assim como o Perfume está para:
O Peixe está para o Ar Puro assim como a Barata está para:
A Mentira está para a Falsidade assim como a Verdade está para:
As Roupas estão para o Cesto assim como o Pé está para:

quinta-feira, 7 de março de 2019

Filosofia para o dia a dia


Uma questão de grande abstração filosófica está em questionar a essência do ser. Outra questão que requer abstração é a busca essencial da verdade.
Desde os primórdios da busca do homem por sabedoria dos pré-socráticos que buscavam a cosmologia, ou seja, a busca por entender a razão que rege o universo parece-nos que os filósofos buscam observam o nada para ver a tudo. 
Contudo, a filosofia nos auxilia na tomada de decisão racional sobre questões pragmáticas e do nosso trabalho. Passamos boa parte do nosso tempo de trabalho organizando dados administrativo, tecnológico, informacional e computacional. Por isso, executamos exatamente a mesma tarefa que os filósofos, pré-socráticos, socráticos, platônicos e medievais fazia: estabeleciam critérios de categorização:


 A teoria dos UNIVERSAIS.

Formulado claramente pela primeira vez por Platão, o conceito de "universal" refere-se àquelas entidades relativas aos tipos ou categorias, instanciadas por particulares. Em geral, um universal será identificado com uma espécie (categoria ou tipo), propriedade ou uma relação, enquanto um particular será um objeto particular que instancia tal propriedade ou uma instância específica da relação.
Exemplos de universais incluem a propriedade "vermelho", a relação "estar entre" e o tipo "gato". Estes são instanciados por seus particulares equivalentes como uma maçã vermelha, uma pedra entre dois pilares ou um gato particular chamado Spock, que pertence ao descobridor do cometa de mesmo nome. O cometa por sua vez é um particular que instância universais como, o tipo "cometa" e a propriedade "maciço". Assim, vemos que cada particular, em geral, instanciará mais de um universal e a quantidade de particulares que instanciam um universal depende exclusivamente de quantos daquele particular existem no mundo. Se um universal instanciado por apenas um particular é, ainda assim, um universal permanece uma questão em discussão”
(Por Willyans Maciel para o site infoescola)

Por isso nos interessa que você pense em tudo o que conhece:
Tudo: As Ideias e  Cada coisa real
Percebe que suas representações sobre as coisas são mais significativas do que cada coisa.
Por isso o ato de pensar requer uma organização que explique o que todas as coisas são e como cada coisa é ...
Para saber um pouco mais sobre a teoria dos universais veja o site em que se baseou esse post:
https://www.infoescola.com/filosofia/universais/