“A juventude é, sobretudo uma soma de
possibilidades.” (Albert Camus).
Na sociedade moderna,
embora haja variação dos limites de idade, a juventude é compreendida como um
tempo de construção de identidades e de definição de projetos de futuro. A
juventude é a fase da vida mais marcada por ambivalências. Ser jovem é viver uma
contraditória convivência entre a subordinação à família e à sociedade, ao
mesmo tempo, grandes expectativas de emancipação, que gera conflito e revoltas.
Na sociedade pós-moderna, uma
das barreiras quebradas (colocada em liquidação) é a separação entre o tempo
dos jovens e o tempo dos adultos. Com certa promiscuidade não há mais tema,
assunto, ou gênero que não seja discutido com os jovens e até crianças.
Porém, a marginalidade do jovem ainda é
um TABU:
Ser jovem é ser "suspeito", isso é senso comum e pauta da mídia. O tema da violência está bastante associado aos jovens, sobretudo aos mais
pobres, do sexo masculino e negros. Sempre há estatísticas para comprovar que
“são eles os que mais matam e os que mais morrem”. Assim como o já citado “medo
de sobrar”, o “medo de morrer” prematuramente e de forma violenta também povoa
transversalmente o imaginário desta geração. Esta questão está colocada para
todos.
O tempo do jovem é o agora e, no agora
vivemos uma revolução tecnológica dos meios comunicacionais, entender como
os jovens se comunicam é entender a revolução.
Em um vídeo de Castells, “O poder da Juventude é autocomunicação”
postado no Youtube, é explicado que além
das diferenças de geração dos jovens de agora, há diferenças na maneira de se
comunicar e por isso na maneira de pensar. Antes havia na época dos pais, a
comunicação de massa numa relação de comunicador e espectador, agora temos a autocomunicação.
Se fala mais do que se houve, se escreve mais do que se lê, se expõe mais
do que contempla.
Num choque revolucionário protagonizado
pelos jovens, (como deve ser) e reagido pelos velhos: Como estamos nisso? Como
falar com meu filho?
Buscando o conflito e reconciliação dos
sentimentos e ideias, devemos escutar os jovens e falar com eles, pois eles
precisam da nossa memória, orientação e bondade. Sem comparar os tempos com
juízo de valor, por exemplo, a expressão “na minha época,” ressalta com o “minha”
o egoísmo e o distanciamento do adulto, ouça os jovens, não diga que são
geração “nutella,” pois isso revela sua inveja infantil sobre o doce. Oriente-os em suas
preocupações, revele compaixão com o sofrimento dele. Os jovens, quando pobres,
são retratados como perigosos, os jovens quando ricos como “ansiosos e frágeis,”
mas a violência e fragilidade é construída pelo adulto.
Para saber um pouco mais leia:
Nenhum comentário:
Postar um comentário