Quando nós conduzimos discussões filosóficas com estudantes dos mais diversos níveis e tipos de formação, desde adultos até jovens e crianças, a filosofia parecer ser envolta em pensamentos dissonantes (ninguém pensa assim), fora do lugar e distante da realidade, mas é justamente ao contrário, pois a filosofia como prática reflexiva de vida está grudada na realidade.
As questões filosóficas ajudam a configurar uma forma de pensar "quem sou eu" diante dos outros e da realidade, por isso, ajuda aos estudantes viverem de maneira mais satisfatória, menos perigosa, pois ao pensar primeiro sobre si, além do instinto, o ser se humaniza e por isso se torna melhor.
Na charge acima a primeira pergunta parece ser um devaneio, uma pergunta ingênua e infantil, mesmo porque a curiosidade pueril faz parte da filosofia. A resposta do adulto, na charge, busca conformar a criança, em "você não tem idade para entender," ou seja, cresça e apareça, ou melhor, "conheça primeiro a ti mesmo", parafraseando Sócrates. A consciência de si é importante para expansão da vivência em sociedade. A última frase, nos devolve o humor, a sinceridade e doçura quando o adulto admite que nele também persiste essa indagação infantil-pueril, assim ele consegue se colocar no lugar do outro, o que pergunta, e esforça-se ao considerá-lo ao dar uma resposta completa.
As perguntas filosóficas estão contidas também em decisões práticas sobre as nossas vidas.
O Menino Maluquinho parece fazer perguntas filosóficas e etéreas, sem estar atendo as questões do cotidiano, da vida, mas os colegas dele parecem entender que as questões e as preocupações do Maluquinho deveriam estar mais atreladas ao cotidiano, as circunstâncias nas quais ele está inserido. Nesse sentido as indagações são práticas.
Já na charge abaixo, as indagações não são filosóficas, mas a resposta nos leva a questões profundas como: "O que é ser feliz?"
O planejamento da vida, parece ser restrito para o interlocutor do menino ao planejamento da profissão e da realização material, necessária da vida. Porém, a resposta do garoto remete à indagações existências ao sujeito que pergunta. A busca por felicidade é realista?
Dessa forma as reflexões filosóficas para as crianças e em qualquer tempo, são saídas importantes para a realização da prática de vida, que vai desde a realização profissional, cidadã até a atuação política dos indivíduos.
Rafael dos Santos Borges.
As charges foram retiradas do perfil tirinhas inteligentes no instragram.
As abelhas, os peixes de cardumes, oslobos, os macacos bonobos e outros animais vivem em "sociedades"com até com um certo grau de complexidade, bem como há "sociedades" tais como as secretas, as limitadas e as sociedades assistenciais, mas essas "sociedades" são marcadas por organizações pré-determinadaspela genética, instinto e sobrevivência natural (as primeiras) e definições pré- estabelecidades em contratos, com delimitações objetivas (as segundas). Pode haver tensão política interna nessas sociedades, mas quando se trata de política, trata-se de algo mais complexo pois, nossa Sociedade é Política e o tema é polêmico. Em política o destino comum está em jogo. Por isso, esse um tema que leva vida para filosofia e filosofia para a vida. Por ser um ser político o homem é um ser pensante.
Política: o Grego: πολιτικός / politikos, significa " de, para, ou relacionado a grupos que integram a Pólis ") denomina-se a arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados; a aplicação desta ciência aos assuntos internos da nação (política interna) ou aos assuntos externos. Nos regimes democráticos, a ciência política é a atividade dos cidadãos que se ocupam dos assuntos públicos com seu voto ou com sua militância.
Vamos ver algumas definições chaves sobre as abordagens em relação a Política de importantes filósofos:
Aristóteles em 1252 a.C. :
"Vemos que toda cidade é uma espécie de comunidade, e toda comunidade se forma com vistas a algum bem, pois todas as ações de todos os homens são praticadas com vistas ao que lhes parece um bem; se todas as comunidades visam algum bem, é evidente que a mais importante de todas elas e que inclui todas as outras, tem mais que todas, este objetivo e visa ao mais importante de todos os bens; ela se chama cidade e é a comunidade política"
Aristóteles idealizava política a tudo o que se relaciona à busca de ações para o bem-estar tanto individual como coletivo.
Maquiavel entre 1469-1527:
A política não é vista mais através de um fundamento exterior a ela própria (como Deus, a razão ou a natureza), mas sim como uma atividade humana. O que move a política, segundo Maquiavel, é a luta pela conquista e pela manutenção do poder. O Príncipe" tem um estilo elegante e direto. Suas partes são bem organizadas, tanto na apresentação quanto na distribuição dos temas. O procedimento principal do narrador é comparar experiências históricas com fatos contemporâneos, a fim de analisar as sociedades e a política. Em algumas passagens, o próprio autor se torna personagem das situações que descreve. Podemos dividir a obra política de Maquiavel em quatro partes: classificação dos Estados; como conquistar e conservar os Estados; análise do papel dos militares e conselhos aos políticos para manutenção do poder. Dizemos que Maquiavel é o fundador do pensamento político contemporâneo, pois foi o primeiro a pintar os fatos como são e não como deveria ser.
Tomas Mórus, 1478 – 1535:
Mas o pensamento de Tomas Mórus (1478 e 1535), traz para a Política uma ideia de idealização cunhada por ele por UTOPIA: e de evidente influência platônica e agostiniana), o autor apresenta uma ilha imaginária, chamada Utopia (u, negação; topos, lugar) que seria um protótipo da perfeição social, da mais plena harmonia em termos de convivência humana, um “não lugar” de rejeição do real (que está falido) e de esperança no ideal (que se deseja construir). Essa ilha acabou denominando o termo útil até hoje para significar uma sociedade perfeita ou ideal: Utopia!
O pensador vive sob um regime totalitário e escreve uma obra sobre uma sociedade que não existe representando por meio dela uma forma de governo considerada ideal, é possível que ele tenha escrito uma utopia, mesmo que sua obra não esteja diretamente vinculada à filosofia. Também pela definição posterior do termo, como gênero, podemos entender que a obra “A República” de Platão, embora escrita antes da obra de Mórus, trata-se de uma utopia, pois nela mostra-se a criação de uma cidade governada por reis-filósofos para responder à questão “o que é justiça?”.
Uma das marcas que indicam, em uma obra filosófica, a diferença entre uma utopia e uma Filosofia Moral ou Política é a exposição do pensamento: em vez de o autor de uma utopia trabalhar com conceitos e argumentos, ele expõe os conceitos aplicados a uma situação concreta.
Karl Marx 1818-1883:
Karl Marx (1818-1883) foi um economista, filósofo e sociólogo. Em 1848, junto com Friedrich Engels, publicou o Manifesto Comunista: um breve resumo do materialismo histórico e um primeiro esboço da teoria revolucionária que mais tarde ficaria conhecida como marxismo.
Marx é um pensador crítico da sociedade que procurou revolucionar não apenas a sociedade, mas as possibilidades políticas do pensamento, a partir de uma interconexão entre teoria e prática. Em Marx a atividade humana é força criativa, simultaneamente sujeito, ator e autor da história, mesmo que o seja sob as circunstâncias que lhe são histórica e socialmente dadas. “Por isso, Marx redigiu, no décimo primeiro aforismo das ‘Teses sobre Feuerbach’, que ‘Os filósofos têm apenas interpretado o mundo de maneiras diferentes; a questão, porém, é transformá-lo’”.
Dessa maneira Karl Marx implicou a filosofia com o engajamento político do filósofo.
Max Weber 1864-1920:
Já Weber (1864-1920) compreende como “política” qualquer tipo de liderança independente em ação. ... “Quem participa ativamente da política, luta pelo poder quer como um meio de servir a outros objetivos, ideais ou egoístas, quer como 'o poder pelo poder', ou seja, a fim de desfrutar a sensação de prestígio atribuída ao poder. Para esse pensador o Estado que se tornou referência para o pensamento político ocidental influenciando o direito, a sociologia e as ciências políticas e as teorias sobre as relações internacionais. Segundo o autor, o Estado se caracteriza pelo exercício do monopólio legítimo da violência sobre um determinado território. As formas de legitimação do poder são um componente importante da obra de Max Weber.
John Rawls 1921-2002:
O filósofo liberal norte-americano John Rawls (1921-2002) costumava dizer que a última coisa de que gostaria era de se tornar assunto de teses acadêmicas. Não podia evitá-lo, porém. O que a frase acima indica é que ele preferia que seu pensamento servisse de inspiração para que outros implementassem, ou levassem adiante, suas ideias, em vez de se limitar a alimentar teses e doutores. Dedicou boa parte de sua vida acadêmica, se não toda ela, à elaboração de uma teoria da justiça, à qual deu o nome de “Justiça como eqüidade” (Justice as fairness). Sua teoria foi apresentada de modo mais consistente, em 1971, em Uma Teoria da Justiça, e a partir daí se ocupou em responder às críticas e corrigir ou alterar aspectos dela. O conjunto de sua produção converge de maneira impressionante para seu tema central: como tornar as sociedades mais justas? Seus conceitos têm sido incorporados na teoria e na prática políticas.
Hanna Arendt 1906-1975:
Hanna Arendt em 1950, respondeu à pergunta “O que é política?” da seguinte maneira:
“A política baseia-se na pluralidade dos homens. Deus criou o homem, os homens são um produto humano mundano, e produto da natureza humana. A filosofia e a teologia sempre se ocupam do homem, e todas as suas afirmações seriam corretas mesmo se houvesse apenas um homem, ou apenas dois homens, ou apenas homens idênticos. Por isso, não encontraram nenhuma resposta filosoficamente válida para a pergunta: o que é política? Mais, ainda: para todo o pensamento científico existe apenas o homem — na biologia ou na psicologia, na filosofia e na teologia, da mesma forma como para a zoologia só existe o leão. Os leões seriam, no caso, uma questão que só interessaria aos leões (...)
Brilhante! O homem arquetípico – o Adam-Kadmon, o Adapa sumeriano, o Adão bíblico – simplesmente não existe: é uma criação da cultura patriarcal. Os que existem são os seres humanos, com todas as suas diferenças, impurezas e imperfeições. Arendt percebe que Platão (e não precisaria dizer “até mesmo”) não pode apreender a política porque repete a tradição vertical que substitui o ser concreto pelo modelo. Platão, aliás, foi o mais prolífico dos pensadores apolíticos: o seu regime ideal (a aristocracia iluminada dos guardiães ou reis-filósofos que dirige uma sociedade de castas) foi pensado para este homem imaginário, que não precisa interagir com ninguém para ser um ser político. E isso porque, de fato, não o é – e sim um ser apolítico. A política é um tipo de interação. O homem como ser apolítico é a matéria-prima ideal da autocracia. No caso de Platão, do totalitarismo e do racismo”.
Outros filósofos teóricos que são importantes para entender a filosofia, seguem alguns desses:
·Phillip Pettit , 1945, teórico político irlandês que está atualmente radicado nos Estados Unidos, onde leciona na Universidade de Princeton. Desenvolve proficuamente trabalhos nas mais diversas áreas como psicologia, moral e filosofia, mas tem obtido grande sucesso com suas obras sobre aspetos da participação política, controle e fiscalização do Estado e, principalmente, República, com seu "neo-republicanismo".
·Slavoj Žižek (esloveno IPA: [ˈslavoj ˈʒiʒɛk] Ltspkr.png ouça, Liubliana, 21 de março de 1949) é um filósofo esloveno. Ele é professor do Instituto de Sociologia e Filosofia da Universidade de Ljubljana e diretor internacional da Birkbeck, Universidade de Londres. Ele trabalha em temas como filosofia continental, teoria política, estudos culturais, psicanálise, crítica de cinema, marxismo, hegelianismo e teologia.
·Iris Marion Young (1949-2006). Era professora de Ciência Política da Universidade de Chicago e afiliada ao Gender Studies Center (Centro de Estudos de Gênero) e a seu Programa de Direitos Humanos. Sua pesquisa abrangia Teoria Política, Teoria Feminista e análise normativa de políticas públicas.
·Nancy Fraser (1947) ma importante pensadora feminista, preocupada com as concepções de justiça. Argumenta que a justiça é um conceito complexo que deve ser entendido sob três dimensões separadas, embora interrelacionadas: distribuição (de recursos produtivos e de renda); reconhecimento (das contribuições variadas dos diferentes grupos sociais); e, representação (na linguagem e em todo o domínio do simbólico).
Bibliografia: SEVERINO, Antônio Joaquim. Formação política do adolescente no Ensino Médio: a contribuição da Filosofia. Pro-Posições. Campinas, v. 21, n. 1, p. 61, 2010. DOWBOR, Ladislau. Esquerda e Direita frente à Ética. Pesquisa & Debate. Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Economia Política., v. 29, n. 1 (53), 2018. Disponível em https://revistas.pucsp.br/rpe/article... Acesso em 20/03/2020
HANNS, Luiz, Os perfins piscológicos de quem é de direita e de quem é de esquerda: Casa do Saber. Canal do Youtube. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=qQ3ht... Acesso em 20/03/2020
Os cronistas europeus da
época em que tiveram os primeiros contatos sistemáticos com os indígenas, narravam que esses consideravam os europeus, amigos ou inimigos, conforme fossem tratados:
amistosamente ou com hostilidade. Essa visão de docilidade e imagem de índio bom é submisso, prevalece, mas o índio não é sujeito de direito.
Com o passar do tempo essa relação sofreu
alterações, por exemplo, com a instalação do Governo Geral, em 1549,
intensificou-se a escravidão dos indígenas nas diversas atividades
desenvolvidas na colônia, gerando constantes conflitos - O mais famoso foi a Confederação
dos Tamoios (1554-1567). Mas a narrativa mística e ideológica (por isso mentirosa) das
raças harmoniosas, dentre elas a do índio, nativo, gentio, cativante e
indolente, não resiste a um olhar sobre a demografia do Brasil. Houve um
genocídio, porém romantizado ao ponto de ser naturalizado e estar, agora, em curso pleno. A
Nação acha que está tudo bem, pois esse é o papel que cabe ao índio,
imortalizado em Museu, restrito a reserva, ou simplesmente morto.
Acredita-se que cerca de 3,5 milhões de índios habitavam o
Brasil na época da colonização. Dividiam-se em quatro grupos
linguístico-culturais: Tupi, Jê, Aruaque e Caraíba, segundo os Jesuítas, hoje (IBGE, Censo 2010), existem:
Total de indígenas: 817 mil
Etnias: mais de 300
Línguas: 274
Isolados: 82 referências; 32 confirmadas.
Mesmo depois de cinco séculos, os índios brasileiros
permanecem sendo um mistério para o homem branco-europeu-invasor-dominante. Não
se pode afirmar com certeza de onde vieram, embora a teoria da migração via
estreito de Bering continue sendo a mais provável - mesmo tendo perdido a
primazia e, principalmente, a exclusividade. Quando teriam chegado à América
também é assunto ainda polêmico: 12 mil, 38 mil ou a 53 mil anos atrás? Ninguém
sabe ao certo.
A relação entre os brancos e os índios foi marcada por escravidão,
submissão, conflito, extermínio, resultando no maior genocídio conhecido da
história.
Até o século XX o contingente populacional indígena,
caboclo, tradicional era significativo. Porém, o indígena de fato sempre foi
tratado como empecilho:
Dos primeiros anos da colonização até a Lei de Terras (séculos XV-XIX)
ocorre uma destruição radical das populações originárias, bem como a dispersão
e diversas formas de migrações compulsórias, produto da expulsão de seus
territórios. A Lei de Terras exerceu a função de institucionalizar formas de
expropriações. Os povos que resistiram e adentraram os sertões e outras regiões
de difícil acesso no país, durante o século XX, continuam ameaçados com os
avanços de formas de exploração capitalista no campo. Os processos constantes
de expulsão de indígenas levam-nos a compor uma massa de trabalhadores
espoliados e em condições de extrema precariedade, seja nas pequenas ou nas
grandes cidades. (SILVA,2018)
O excerto acima faz parte de uma pesquisa acadêmica desenvolvida por uma
indígena. Nele com muita sensibilidade e poder de síntese se resume que o índio
vale menos do que terra, é é coisificado, valendo menos que gente.
Na contemporaneidade da Nação republicana independente, foi criado no SPILTN - Serviço de Proteção aos Índios e
Localização de Trabalhadores Nacionais (1910) e posterior SPI – Sistema de
Proteção ao Índio (1918), tais serviços estavam ligados aos ministérios e órgãos que tratavam
das questões fundiárias, com isso já
denota que a questão da posse da terra, ou da capitalização da terra estava
sobre os corpos e a vida dos indígenas.
A Funai foi crida em 1967 papel de integrar os indígenas à
sociedade dominante sob a tutela,
dentro de uma relação paternalista e intervencionista,
com ações assistencialistas de assimilação das sociedades indígenas,
gerando uma macula de visão segundo o qual os indígenas devem ao branco
submissão e estão em estado de dependência. A política indigenista no Brasil é ambígua, pois tutela o índio, restringe à reserva, de fato busca o proteger, porém, os indígenas não tem voz, quando reclamam são marginalizados e desapropriado do lugar de fala. A reserva traz em si o dilema de se revelar gueto, campo de concentração e oásis de proteção, garantia de vida mínima.
Hoje 2018/2019 nota-se um aumento do genocídio, que está em
curso, acentuando-se desde 2013, mas com aumento de 20% desde o ano passado. Em
2018, segundo o Conselho Indigenista Missionário (citado em reportagem do
G1Natureza, listado abaixo), além dos 40% de aumento de conflitos em dados
preliminares de 2019.
Portanto, ouça o silêncio sobre o genocídio em curso no Brasil das
populações indígenas. Silêncio esse causado pela ânsia sobre a terra, uma visão
egoísta, atrasada e unívoca, por isso autoritária, de que a terra deve estar
disponível para a mesma forma de exploração que os brancos europeus
vivenciaram. A Nação deve saber respeitar e conviver com as outras nações internas, os brancos têm a maioria da população, do território e do poder econômico, deve a nação branca, reserva-se a viver como está, sem querer desapropriar, avançar, deve a Nação branca pensar em si, antes de se impor ao outro.
Segue também, uma série
de imagens de um slide retirado do site do senado sobre a temática aqui
exposta.
Referência
Bibliográfica:
SILVA,
Elizângela Cardoso de Araújo. Povos indígenas e o direito à terra na realidade
brasileira. Serv. Soc. Soc., São Paulo
, n. 133, p. 480-500, Dec. 2018 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-66282018000300480&lng=en&nrm=iso>.
Acesso em: 07 Nov. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/0101-6628.155
Os professores José Armando Valente e Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida, propuseram as questões abaixo, das quais seguem as minhas reflexões:
1) O que é pensamento computacional para você? Dê um exemplo de situação concreta na qual você coloca em ação o pensamento computacional.
Minha reflexão: A técnica e a tecnologia computacional aumenta a capacidade humana naquilo que se refere as atividades intelectuais, cognitivas, como o armazenamento de memórias, organização para os cálculos e codificação das informações, sem que isso nos livre dessas ações e reponsabilidades, por fim o homem memoriza ao gravar, ou depositar e lembrar das suas informações no google, ou no seu HD, o homem calcula com uma calculadora científica, organiza sua vida de sua maneira em uma planilha ou banco de dados. Assim, nossa estrutura de pensar acaba por prescindir dessa forma de organização que tem uma programação anterior. Porém, tal ferramenta não é neutra, sua estrutura e maneiras de pensar e agir é restrito por seus elaboradores. Por exemplo, meu filho ao jogar um game, parece brincar num universo infinito, mas ele tem limitadas capacidades de execução de jogadas possíveis, dentro daquilo que foi programado, bem por isso ele antecipa jogadas e fases por entender os limites e as potencialidades do jogo, mas o universo da sua construção imaginária terá apenas como referência a experiência do jogo proposto por seus idealizadores.
2) Qual a distinção entre pensamento computacional e raciocínio lógico?
O formalismo lógico me permite averiguar com determinados instrumentos a força, validade, coerência de um argumento e de um raciocínio, bem como através dele eu posso classificar e categorizar objetos na sua singularidade, gênero e universalidade. O pensamento computacional também opera num rigor de formas, tributário da organização lógica formal, contudo seu emprego pode ser mais livre, criativo e ampliado para outras circunstâncias da vida, sem a necessária variação binária entre verdade e falsidade. Com o pensamento computacional potencializa-se o “talvez,” pois tenho ferramentas que além do emprego científico e pragmático, posso ir além e criar artes e transgressão.
Prof. Dr. Rafael dos Santos Borges,
Doutor em Educação: Currículo. PUC-SP. Fatec Rio Preto. A imagem foi retirada de um ótimo artigo sobre desenvolvimento do pensamento computacional: MARTINELLI, Suéllen; ZAINA, Luciana; SAKATA, Tiemi. O Pensamento Computacional em Atividades de Ensino mediadas pelo Professor do Ensino Fundamental I: Um Estudo de Caso. In: Anais do Workshop de Informática na Escola. 2018. p. 509. Disponível em: https://dcomp.sor.ufscar.br/wp-content/uploads/2012/07/DComp-TR-004.pdf Acesso em 02/11/2019.
Cuidar de si, dos seus chegados e próximos já uma tarefa difícil que requer tempo e paciência, quando muitas vezes não há uma retribuição na mesma medida. Nós ajudamos pessoas que não nos agradecem e às vezes parece não merecer a nossa atenção, mas mesmo assim continuamos a ajudar.
Pois solidariedade significa:
Ato de bondade e compreensão com o próximo ou um sentimento, uma união de simpatias, interesses ou propósitos entre os membros de um grupo.
1.Cooperação mútua entre duas ou mais pessoas.
2.Identidade entre seres .
3.Interdependência de sentimentos, de ideias, de doutrinas.
Na sociologia, existe o conceito de solidariedade social, que subentende a ideia de que os seus praticantes se sintam integrantes de uma mesma comunidade e, portanto, sintam-se interdependentes.
Assim os agentes solidários são responsáveis por manter a coesão social, a sociedade unida e do ato solidário não deve esperar retribuição, solidadriedade e necessário para viver em sociedade.