Existe a alienação, que é imposta, é
sorrateira e permeia a realidade. Na alienação os sujeitos tornam-se desprovido
de planejamento e por isso do próprio tempo. Logo, conhecer a si mesmo, os seus
limites (a pobreza de recursos, por exemplo), as suas vantagens (a
herança de recursos e cultura, por exemplo) o entorno em que vive, a história
do seu lugar e ter empatia e compadecimento para com os outros são instrumentos
afetivos e cognitivos importantes para romper com parte da alienação.
Faça um mapa mental, ou um fluxograma com
chaves capaz de fazer você se "enquadre" na sua realidade e aja sobre
ela.
Pode se partir das duas escolhas iniciais
da Matrix, romper ou não com os esquemas que alienam ou, lutar por enquadramentos
empoderados sobre sua realidade. As escolas são ambientes propiciosos para que
os sujeitos possam desenvolver esses arcabouços cognitivos e afetivos. Aos que
estão sujeitos a menos escolhas, parecer ser mais seguro fazer as escolhas
iniciais, gozar os privilégios e sofrer as desvantagens de suas escolhas
primordiais.
O que não pode numa sociedade liberal é
abrir mão da escolha, deixar que escolher sobre a própria vida é alienação que
aniquila a individualidade.
Ainda que as escolhas sejam limitadas ao
lugar, para usar uma figura de linguagem poética e popular, "só pegamos o
que nossos braços alcançam e só andamos por onde nossos pés podem chegar",
não há sentença de eterna limitação, mas não pode ser a ilusão de que
"basta acreditar e querer, que vai ter", deve-se ter consciência de suas limitações, contorná-las ou superá-las. Exemplos:
- Um diagnóstico sobre sua situação de
endividamento deve ser um instrumento de recusa a novas dívidas e
não uma desculpa para endividamento maior;
- A nota baixa deve ser encarada como um
sinal de que deve estudar mais e não uma desculpa para desistência do curso.
Contudo, reflexões sobre o porquê das
dívidas, da nota baixa são enfrentamentos da frustração capazes de levar a
tomada de consciência contra a alienação imposta por outros aos sujeitos, que
por vezes não refletem.
Ter menos escolhas pode ser por base em
probabilidade mais seguro, entender tais escolhas e as suas limitações, pode
ser por base indutiva a chave para mais opções de escolhas, mais
responsabilidade, mas não necessariamente mais satisfação segura.
De qualquer maneira os atos antever,
rever, prescrever para planejar são ações organizacionais importantes para quem
quer administrar a si e empoderar-se nas organizações.
Prof. Dr.º. Rafael dos Santos Borges.
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